UNIVERSIDADE DA MADEIRA

GRUPO DE ASTRONOMIA


Observação do mês

N.º 86 - Fevereiro 2009


Apus

A constelação de Apus (Ave do Paraíso) é uma constelação pouco brilhante do Hemisfério Sul. Faz fronteira com as constelações de Triangulum Australe ( Observação do Mês nº85 - Janeiro 2009 ), Circinus ( Observação do Mês nº78 - Junho 2008 ), Musca ( Observação do Mês nº76 - Abril 2008 ), Chamaleon ( Observação do Mês nº75 - Março 2008 ), Pavo ( Observação do Mês nº87 - Março 2009 ), Ara ( Observação do Mês nº67 - Julho 2007 ) e Octans.

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Figura 1 - A constelação de Apus e a sua vizinhança.

Estrelas da constelação de Apus
Nome Designação magnitude Classe Tipo Espectral Distância (AL)
-- alfa - Aps 3.8 III K5 411
-- delta1 - Aps 4.7 III M4 - M5 765
-- delta2 - Aps 5.3 III K3 663
-- gama  - Aps 3.9 IV (SB) K0 159
-- beta - Aps 4.2 III K0 158

Delta-Aps é uma estrela dupla. A componente mais brilhante do par é a gigante vermelha delta1-Aps. Trata~-se de uma varíavel irregular cuja magnitude aparente varia entre 4.7 e 4.9. A outra componente do par, designada por delta2-Aps é uma gigante laranja de magnitude aparente 5.3. A distância para delta1-Aps é, de acordo com os resultados da missão Hipparcos, 770 anos luz ao passo que a distância para delta2-Aps é 663 anos luz. As margens de erro associadas a estes valores não permitem concluir se este sistema é um binário real ou apenas um binário aparente.

O objecto de céu profundo mais brilhante da constelação de Apus é, com uma magnitude aparente a rondar os 9.2, o enxame fechado NGC 6101. Este enxame dista do Sol 49900 anos luz.

Visibilidade da Madeira - A constelação de Apus fica sempre abaixo do horizonte para um observador localizado na Região Autónoma da Madeira.


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