XI Encontro Nacional de Astronomia e
Astrofísica
O que se sabe sobre as regiões de
riscas em
emissão
das NLS1s?
Anabela C. Gonçalves
European
Southern Observatory,Karl - Schwarzschild - Str. 2, D-85748 Garching b. München,
Alemanha
M.-P. Véron-Cetty
Observatoire
de Haute-Provence, F-04870 St. Michel l’Observatoire, França
P. V´eron
Observatoire
de Haute-Provence, F-04870 St. Michel l’Observatoire, França
Resumo
Em 1985, Osterbrock & Pogge descobriam uma nova classe de
núcleos galácticos
activos. Esta mostrava
todas as propriedades das galáxias de Seyfert 1 tendo, no entanto,
riscas de Balmer estreitas (LMA < 2
000 kms-1), mais típicas das Seyfert 2s; tais galáxias foram baptizadas
" Narrow Line Seyfert 1s" (NLS1s).
Descobertas há mais de 15 anos, pouco se sabe ainda sobre os mecanismos físicos operando nas NLS1s; embora a quantidade de
dados em raios-X tenha aumentado consideravelmente nos últimos anos, a maior parte dos espectros
ópticos publicados oferece uma qualidade medíocre, não permitindo estudos aprofundados
sobre a relação entre NLS1s e Seyfert 1s ``clássicas'', nem a análise dos perfis das riscas em
emissão. Na ausência de informações que nos permitam conhecer melhor as regiões nucleares de
emissão, torna-se difícil decidir entre os vários mecanismos propostos para explicar estes
objectos.
Conscientes deste problema, conduzimos uma campanha de observaçõoes, tendo-se
obtido espectros (3.5 Å LMA) para 78 galáxias; estes foram utilizados para caracterizar as
regiões de emissão de riscas estreitas e largas. A contribuição apresentada nestes encontros descreve esse
trabalho, resumindo alguns dos resultados obtidos. Muitas questões restam em aberto; estas
serão talvez solucionadas com espectros de S/R ~ 200 obtidos recentemente com FORS1+ANTU
Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira - 2001