XI
Encontro Nacional de Astronomia e Astrofísica
Efeitos da variação temporal da constante de
gravitação universal em anãs brancas.
Paulo Afonso
Centro de Física Nuclear da Universidade de Lisboa
Orfeu Bertolami
Filipe Duarte Santos
Resumo
A hipotética variação subtil de G ao longo da vida das anãs brancas
(~10 anos)
pode ter consequências macroscópicas observáveis ao nível da sua função de
luminosidade.
A juntar à acumulação do efeito no tempo, o facto destas estrelas
muito compactas
necessitarem de uma energia de ligação gravítica elevada, torna-as
interessantes para
avaliar G(t).
Está em curso a adaptação de um código "clássico" de evolução estelar para anãs
brancas (desenvolvido por Brad Hansen - Princeton Univ. ), em que nas equações
de estrutura e evolução estelar G(t) aparece como função de um
campo escalar f,
introduzido no âmbito de teorias escalares-tensoriais.
Muito recentemente têm surgido vários trabalhos sobre a detecção das
anãs brancas mais velhas que se conhecem - as mais difíceis de observar e onde o efeito
G(t) será mais assinalável.
Em função dos dados desponíveis, pretende-se limitar a função de
acoplamento do campo à métrica, w(f),
com base nas curvas de luminosidade geradas e observadas.
Dependendo da qualidade dos resultados, ulteriormente pretende-se ainda
limitar a taxa de expansão do Universo (em determinados modelos que comtemplam a
expansão acelerada tardia), correlacionando-a com os valores a encontrar
para w(f).
Grupo de Astronomia da Universidade da Madeira - 2001