Tenho uma dúvida em relação à resposta da questão 228. É dito que um observador que estivesse "na periferia" do universo teria a mesma sensação de tempo/espaço que um observador que estivesse no centro. Como o universo está se expandindo, o observador "da periferia" não veria diferentes comprimentos de onda dessa expansão? Imaginemos que ele estava na "periferia do lado esquerda", então o comprimento de onda do seu lado esquerdo seria mais curto do que o comprimento de onda do extremo oposto, que estaria se expandindo mais rapidamente, logo daria para saber que ele estaria na periferia. Ou o universo expande-se de forma igual tanto na borda quanto no centro?
Relativamente à resposta dada na pergunta 228 note que é dito o seguinte:
"...um dos modelos mais consensuais para o nosso Universo recorre a um mecanismo chamado Inflação (bem no início do Big Bang) durante o qual o universo expandiu por um factor da ordem de 10^50 (1 seguido de 50 zeros) para depois voltar à sua expansão "normal". A Inflação ampliou o Universo de tal forma que apenas uma parte é observável a partir de cada ponto."
Esta ideia ganhou força pois permite solucionar uma série de questões levantadas pelo modelo Standard do Big Bang (sem inflação). Para mais detalhes:
Universo explosivo, inflacionário, acelerado e desconhecido.
Segundo este modelo aquilo a que cada observador chama de Universo Observável é apenas uma muito pequena parte do TODO. Assim cada observador tem a sensação de estar extamente no centro do Universo. Um ponto da periferia do nosso Universo Observável será o centro do Universo Observável para um observador que esteja justamente nesse ponto.
Note que normalmente representamos a expansão do Universo como uma superfície a duas dimensões que se expande no espaço (a três dimensões) uma vez que se trata de uma forma simples de conseguir visualizar o fenómeno. Contudo devemos pensar que na realidade é o espaço tri-dimensional que se está a expandir. Neste caso já não conseguimos representar graficamente e é mais difícil de imaginar.
I have a question regarding the answer to question 228. It says that an observer who was "on the periphery" of the universe would have the same sense of time/space as an observer who was at the center. Since the universe is expanding, wouldn't the observer "from the periphery" see different wavelengths of this expansion? Let's imagine that he was on the "periphery on the left side", so the wavelength on his left side would be shorter than the wavelength on the opposite end, which would be expanding faster, so you would know that they were on the periphery? Or does the universe expand equally at both the edge and the center?
Regarding the answer given in question 228, note that the following is said:
"...one of the most consensual models for our Universe uses a mechanism called Inflation (at the very beginning of the Big Bang) during which the universe expanded by a factor of the order of 10^50 (1 followed by 50 zeros) and then return to its "normal" expansion. Inflation enlarged the Universe in such a way that only a part is observable from each point."
This idea gained strength, as it allows solving a series of issues raised by the Standard Big Bang model (without inflation). For more details, check:
Explosive, inflationary, accelerated and unknown universe (in portuguese).
According to this model, what each observer calls the Observable Universe is just a very small part of a WHOLE. Thus, each observer has the sensation of being exactly in the center of the Universe. A point on the periphery of our Observable Universe will be the center of the Observable Universe for an observer who is at that point.
Note that we usually represent the expansion of the Universe as a two-dimensional surface that expands in space (in three dimensions) since this is a simple way to visualize the phenomenon. However, we must think that it is three-dimensional space that is expanding. In this case, we can no longer represent it graphically, and it's more difficult to imagine.