Resposta:
Uma estrela com menos de 5 massas solares acaba por atingir eventualmente uma fase em que todo o Hidrogénio da zona central foi convertido em Hélio (ver Pergunta 76). A temperatura no centro da estrela não é ainda suficiente para que ocorra a fusão nuclear do Hélio. A camada externa da estrela é ainda composta por Hidrogénio mas aqui a temperatura já não é suficiente para que continue a ocorrer a fusão nuclear do Hidrogénio em Hélio.
A região central da estrela acaba por se contrair convertendo, assim, energia potencial gravitica em energia cinética. Como resultado o núcleo da estrela aquece o mesmo acontecendo com a camada de Hidrogénio que o circunda. Voltamos a ter fusão nuclear do Hidrogénio em Hélio. Como resultado as camadas mais externas da estrela expandem dando origem a uma gigante vermelha.
A região central da estrela, que estava em contração gravítica, acaba por atingir uma temperatura suficiente (cerca de 100 milhões de ºC) para que tenham início as reações de fusão nuclear do Hélio em Carbono. Nesta fase o Hélio está no estado degenerado (todos os electrões ocupam o estado de energia mais baixo permitido) o que faz com que a conversão Hélio-Carbono seja muito rápida e violenta. É o chamado flash do Hélio que tem como consequência um breve aumento na luminosidade da estrela. A temperatura do núcleo da estrela aumenta o que faz com que o Hélio deixe de estar no estado degenerado. A partir desse momento a combustão nuclear do Hélio ocorre de forma estável.
No caso das estrelas de maior masssa a temperatura necessária para que ocorra a fusão nuclear do Hélio é atingida antes deste se tornar degenerado. Assim, neste caso, a fusão nuclear do Hélio começa logo de forma estável.

Esquema do processo triplo-alfa da fusão nuclear do Hélio em Carbono / Sketch of the process of the triple-alfa fusion of Helium into Carbon.
(http://aether.lbl.gov/www/tour/elements/stellar/3alpha.gif)
Question:
How do stars consume Helium?